Era também conhecido como o "Dono da Baixada".
Tornou-se uma lenda na cidade de
Alvinópolis, sendo um daqueles vultos que tão brilhantemente conduziram o
destino do município, deixando sua marca no progresso e na cultura.
Sua memória se inscreve entre aqueles que se
destacaram e tiveram participação ativa na sociedade alvinopolense.
Dando início, registra-se aqui neste trabalho que este homem foi um dos pioneiros da classe comercial da cidade de Alvinópolis.
Assim que chegou à cidade, abriu um armazém
na vargem de Santo Antônio (atualmente chama-se “Baixada São Sebastião”). O armazém era conhecido como “Armazém do Sô Pereira”. Era um comércio atacadista de secos e molhados (gêneros, tecidos e armarinho). Vendia de tudo um pouco. O fornecimento de seu armazém vinha através da Estrada de ferro Leopoldina, que saía do Rio de Janeiro em direção a cidade de Dom Silvério (M.G.). Depois traziam as mercadorias através dos burros de carga ou carros-de-boi até a cidade de Alvinópolis.
Na vargem de Santo Antônio existia uma praça
que ficou conhecida com o nome de “Praça Manoel Pereira” pelo fato deste
português ter sido o responsável por sua colonização. Graças à atuação dinâmica
do comerciante português que gastou esforço, tempo e dinheiro para
urbanizar a área, cujas construções tiveram sua participação direta.
O português construiu várias casas ao redor
da “Praça Manoel Pereira”, que depois estas eram alugadas.
Nesta praça eram realizados diversos eventos
festivos e religiosos.
Era na mesma propriedade onde possuía o
comércio que o português residia com a família. Era casado com Belmira
Maria da Conceição. Ela nasceu em 1874 no povoado denominado “Santa Rita de
Pacas”, no município de Santa Bárbara (MG).
Era viúva de Laurentino Lucio dos
Santos. Os pais de Belmira Maria da Conceição residiam em São Gonçalo do Rio
Abaixo. Belmira Maria da Conceição faleceu aos 19 de abril de 1930 com 56 anos
de idade.
Com Manoel Pereira da Silva, Belmira Maria
da Conceição teve em Alvinópolis os filhos:
1 – Maria Pereira da Silva – nascida em 31
de outubro de 1895 (faleceu ainda criança);
2 –
Raymunda Maria da Conceição – nascida em 13 de outubro de 1897.
Veja a página: "Raymunda Maria da Conceição"
3 – Rosa Maria da Conceição – nascida em 13
de novembro de 1899. Faleceu ainda criança;
4 – Manoel Pereira da Silva – nascido em 01
de janeiro de 1902 (breve biografia a seguir);
5 – Antonio Pereira da Silva – nascido em 09
de dezembro de 1903 (breve biografia a seguir);
6 – Marinho Pereira da Silva – nascido em 07
de março de 1906. Não deixou descendente. Faleceu servindo o exército na
Revolução de 1924 na cidade de São Paulo (S.P.);
7– Geraldo Pereira da Silva – nascido em 29
de dezembro de 1907. Faleceu no dia 13 de dezembro de 1946. Não deixou
descendente.
Antônio Pereira da Silva (i.m.) e o pai Manoel Pereira da Silva (i.m.)
Manoel Pereira da Silva era possuidor da
patente de Capitão e acredita-se que tenha obtido a mesma junto às autoridades competentes do Tiro de Guerra 325 da cidade de Alvinópolis. O Tiro foi extinto por medida de economia em virtude da Guerra Mundial de 1914.
Manoel Pereira da Silva
possuía um irmão, nascido no Brasil, chamado Antônio Martins Pereira.
Veja a página: "Antônio Martins Pereira"
O Capitão Manoel Pereira da Silva esteve
presente em todos os acontecimentos de ordem social, cultural e religiosa no
município. Além disso, era um amante de festas e folguedos que promovia com
grande brilhantismo.
Era um português de fortes tradições
religiosas. Tanto que na praça onde levava o seu nome, construiu uma capelinha.
Após o falecimento do português no lugar da
capelinha foi construída a capela
de S. Sebastião. A partir daí a praça ficou
conhecida como “Praça de São Sebastião”.
Capela de São Sebastião |
Praça de São Sebastião |
É a praça principal, e também pode ser considerada como a “sala de visita” do município de Alvinópolis.